EsTe - Estação Teatral © 2019
Todos os direitos reservados
Desenvolvido por iTech-ON
Na génese da Estação Teatral, em
2004, está a complementaridade de dois impulsos motores que, em sinergia,
desembocam na compatibilidade entre (1) a pesquisa de uma IDEIA DE TEATRO, num
movimento sem fronteiras, e (2) o diálogo em cumplicidade com a COMUNIDADE do
seu contexto: a Beira Interior.
O surgimento da companhia parte
da iniciativa de um colectivo de profissionais que identificava a premência de
um PROJECTO que dotasse uma região isolada, com acções consequentes e que
transcendessem a natureza de “companhia de reportório” ou de “sala de
espectáculos”. “Mãe preta”, primeira criação, inscreve já todo um ADN que se
repercute até hoje, ora nos ensinamentos de ferramentas do antigo, como a
MÁSCARA, ora na inspiração em teatros tradicionais/populares, como a
manipulação de marionetas, ora ainda na dimensão de um TEATRO TOTAL dada pela
prática dos contadores de histórias, ora, finalmente, pela perspectiva que faz
imanar a arte da ENCENAÇÃO como o centro da escrita, numa autonomia
proporcionada por uma DRAMATURGIA DO VER onde texto escrito é contemporâneo do
ensaio. Também porque uma peça se desenvolve a partir de diálogos encetados com
públicos específicos, ao mesmo tempo em que se busca um relacionamento “por
camadas” junto de espectadores com tipificações sociais e culturais distintas,
como é o caso do projectos pedagógicos “Uma história para continuar...” (até
2016) e depois “Ver-Fazer” que até hoje trabalha com toda a comunidade escolar do
concelho do Fundão e imanou versões para a programação
principal. No regresso ao ANTIGO, está o relançamento de um teatro HODIERNO,
reintrepretando estruturas, fora desse circuito fechado onde a prática é não
raro a “tradição de uma tradição”. Peças como “Pax Romana” (2006), “A
verdadeira história da Tomada do Carvalhal” (2007), “Cozinheiros” (2009),
“Volfrâmio” (2011), “A entrada do rei” (2014), “Terra sonâmbula” (2015), ou
mais recentemente “Coração que é livre fica” (2019) e a trilogia “A Avenida”
(2019/2020/2021) inscreveram-se justamente em princípios éticos/estéticos que
não apenas desembocaram numa corrente de público muito expressiva mas
consolidaram uma rede de itinerância pelo território nacional, hoje, património
inestimável que alarga o futuro.
COMPANHIA DE PROJECTOS que imanam
objectos próprios, numa relação VER-FAZER em continua progressão, as formas de
contacto foram sempre transversais. Fosse o Festival TeatroAgosto, realizado
durante 15 anos consecutivos, ou os Ciclos Dramatúrgicos, ou o contacto com as
escolas e as suas próprias “Classes de Teatro”. É também neste conjunto de
princípios que se insere a Feira Ibérica de Teatro do Fundão, organizada pela
ESTE em parceria com o Municipio do Fundão desde 2019, um projecto
diferenciador em Portugal na promoção de um mercado ibérico das artes do espectáculo.
Desde 2004 a ESTE – Estação
Teatral estreou 47 criações originais e já actuou em Espanha, Alemanha, Cabo
Verde e Brasil.
Medalha de Mérito Cultural da
cidade do Fundão.