UMA PEQUENA HISTORIA DO MUNDO
Quando Pat O'Donnell, sentado no chão, descamisado e com a gravata à banda, atira um maço de notas ao ar e tomba redondo para trás com um copo vazio na mão e Toni Zito reconhece que para se vencer na vida há que ter a cabeça, os músculos e a coragem do patrão... que está ali deitado no chão, ficamos a saber que há uma pequena história do mundo que todos conhecem e que ainda assim precisa de ser contada. Porque a ignorância e a bestialidade são um poço sem fundo mesmo se o ser humano for bem capaz de gravar a sua graça no firmamento.
Há uma pequena história do mundo tão simples que nem no pensamento parece já querer habitar, pois que se contaria somente por instinto, assim como a respiração. Há uma pequena história do mundo e uma história do mundo pequena. A que se repete ou a que parece só querer existir. A que se conta num nada e cabe num parco rectângulo iluminado. A que se contaria à distância de uma forma tão íntima.
A Estação Teatral explora cada vez mais o espaço, a plasticidade dos corpos em acção no espaço, a arte da encenação, e a linguagem da sua "ideia de teatro": a centralidade do trabalho do actor, a totalidade da sua expressão, a síntese, o desdobramento, o encontro e a convicção de que o teatro enquanto manifestação do humano, mais do que nunca, é cada vez mais necessário.
Dramaturgia e encenação: Nuno Pino Custódio
Desenho de luz, operação e montagem: Pedro Fino
Espaço, figurinos e adereços: Ana Brum
Confecção de chapéus: Cirilo Moura
Fotografia: Luis Batista e António Supico (cartaz)
Design de comunicação: Hugo Domingues
Confecção de figurinos: Alfaiataria Juvenal S
elecção musical: Nuno Pino Custódio
Contra-regra: Samuel Querido
Direcção de produção: Alexandre Barata
Interpretação: Roberto Querido e Tiago Poiares