A AVENIDA: Liberdade
Neste terceiro
episódio, "Liberdade", a Avenida passa a ser vista noutra
perspectiva: mais à distância em declarado pano de fundo, ligada por esses
Caminhos ermos de um punhado de quilómetros que saem da aldeia do Telhado, bem
na Cova da Beira. Avenida que, assim, ganha uma presença mais simbólica
do que geográfica (tanto quanto tem de simbólica, afinal, a substituição de uma
placa que faça progredir o nome de "Salazar" para
"Liberdade", à imagem de tantas outras ruas um pouco por todo o
pais...)
Como era habitar uma
pequena aldeia em Portugal nos últimos anos do Estado Novo e como foi,
imediatamente logo após isso, com a advento da liberdade? O que significou
liberdade para esses "pobres, honestos e trabalhadores"'? Já se pode
dizer o que se pensa? Tudo o que se pensa? E dizer o quê, para quê? Para onde,
em que direcção? E para onde se vai, efetivamente, quando não se sabe ler uma
carta, ou quando a fome, a morte, a doença sempre foram presenças da vida,
sempre fatalidades que pouco ou nada se controlam? A História não tolera o
vazio.
E depois do adeus, e
depois do amor? O que fazemos aqui?
Dramaturgia,
encenação e espaço NUNO PINO CUSTÓDIO
Em co-criação com ANDREIA GALAMBA, CAROLINA CUNHA E COSTA, CUCA M. PIRES e SAMUEL QUERIDO (interpretação), PATRÍCIA RAPOSO (figurinos), DÁRIO CUNHA (interpretação e direcção musical), PEDRO FINO (desenho de luz e direcção de montagem).
Design
de comunicação JORGE PORTUGAL/PURETUGAL
Fotografia
MIGUEL PROENÇA
Confecção
de guarda-roupa ALIEN BLUES E ALFAIATARIA JUVENAL
Assistência
técnica TIAGO POIARES
Produção
executiva JOANA POEJO
Direcção de produção ALEXANDRE BARATA